Caros leitores da nova e velha geração. Quando era criança, no auge dos meus sete ou oito anos, sempre ouvia papai dizer sobre Pelé, Garrincha, Ademir da Guia que segundo ele, saia de um gramado completamente cheio de barro, com o calção branquinho. Lembro até hoje dele falando de Canhoteiro, e de sua indignação, porque um dos maiores dribladores do Brasil na época, deixara de ser convocado para Seleção Brasileira, por causa de excesso de bebedeira. Quem viu Canhoteiro jogar, garante que ele era melhor que Garrincha.
Papai chegava do trabalho, e sempre o acompanhava até o bar, na esperança de ganhar uma coca-cola, mariamole ou mesmo algumas balas sete belo. Questionava ele, porque os noticiários mostravam na época, Garrincha passando por necessidades financeiras, sendo que ele tinha sido um dos melhores jogadores do Brasil. Ao questionar, a resposta sempre vinha acompanhada de acréscimos; Este problema não é só com o Garrincha meu filho, aqui na nossa cidade, tem muita gente que jogou ao lado de Pelé, Domingos da Guia e hoje vive na sarjeta. Hoje o futebol esta se valorizando e até você ficar adulto, muito cabeça-de-bagre vai estar ganhando milhões.
Na época não entendia como que um cabeça-de-bagre, que meu pai para demonstrar na prática citava o exemplo de um vizinho chamado Enéas, ruim de bola, poderia ganhar mais do que os ídolos dele na época.
Hoje, já um pouco mais maduro, vejo que alguns jogadores ditos cabeça-de-bagre são vendidos para o mundo árabe por milhões de dólares, mas quem realmente é craque, hoje vale um preço altíssimo. Das transações que aconteceram neste ano, a única que não acompanhou a valorização mundial foi a de Ramires, relevado pelo JEC, para o Benfica-PO, e que hoje vale mais de R$ 50 milhões, comparando com o mercado atual e sua posição.
Os quatro milhões de reais, que serão pagos em parcelas pelos 30% de Ramires para o tricolor, foram tão barato, que certamente entraria no hall das injustiças do mundo do futebol, tanto citadas por papai.
Papai chegava do trabalho, e sempre o acompanhava até o bar, na esperança de ganhar uma coca-cola, mariamole ou mesmo algumas balas sete belo. Questionava ele, porque os noticiários mostravam na época, Garrincha passando por necessidades financeiras, sendo que ele tinha sido um dos melhores jogadores do Brasil. Ao questionar, a resposta sempre vinha acompanhada de acréscimos; Este problema não é só com o Garrincha meu filho, aqui na nossa cidade, tem muita gente que jogou ao lado de Pelé, Domingos da Guia e hoje vive na sarjeta. Hoje o futebol esta se valorizando e até você ficar adulto, muito cabeça-de-bagre vai estar ganhando milhões.
Na época não entendia como que um cabeça-de-bagre, que meu pai para demonstrar na prática citava o exemplo de um vizinho chamado Enéas, ruim de bola, poderia ganhar mais do que os ídolos dele na época.
Hoje, já um pouco mais maduro, vejo que alguns jogadores ditos cabeça-de-bagre são vendidos para o mundo árabe por milhões de dólares, mas quem realmente é craque, hoje vale um preço altíssimo. Das transações que aconteceram neste ano, a única que não acompanhou a valorização mundial foi a de Ramires, relevado pelo JEC, para o Benfica-PO, e que hoje vale mais de R$ 50 milhões, comparando com o mercado atual e sua posição.
Os quatro milhões de reais, que serão pagos em parcelas pelos 30% de Ramires para o tricolor, foram tão barato, que certamente entraria no hall das injustiças do mundo do futebol, tanto citadas por papai.
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