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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Um país pronto para parar e queimar a língua

Nas rodas de amigos, bares ou até mesmo em um encontro casual em algumas das esquinas de Joinville bastam apenas dois minutos de conversa para o assunto principal virar a Seleção Brasileira e Copa do Mundo. Para quem achava que a Copa do Mundo da África e o “fraco” elenco que Dunga resolveu levar, tirariam o brilho do maior campeonato esportivo do mundo se enganou.

O comércio, as lanchonetes, as empresas, a maioria já decorou seu ambiente para torcer pelos guerreiros de Dunga na busca pelo Hexa. Mas a opinião das pessoas é quase unanime, quando o assunto é o caneco. Muitos acham que com este time, o Brasil não chega nas finais, mas como diz a nação brasileira; Tomara a Deus que eu queime a minha língua. Será?

Pacto de sangue

Dunga tem com seus comandados um pacto de sangue. Prometeu fidelidade e novas convocações à quem se doasse pela seleção Brasileira e mantivesse um bom comportamento em seus clubes. E ao que tudo indica tem dado certo. Prova disto é Doni, que mesmo perdendo a vaga de titular na Roma, foi lembrado por Dunga. Felipe Mello também não está bem na Itália, assim como Júlio Batista, mas foi lembrado por Dunga.

E Adriano?

O Imperador tinha vaga garantida no time de Dunga, mas pisou e muito na bola. Se meteu com traficante, dono de morro no Rio de Janeiro, escândalos e mais escândalos no Rio de Janeiro. Jogou fora o que pode ser sua última Copa. E pior, trocou tudo isto por traficantes, cigarro e mulheres. Aí realmente não poderia vestir a amarelinha.

Mas e o Gansinho e Neymar?

Dunga enche a boca pra falar que eles tinham experiência. Mas ora bolas, que experiência tinha ele em 2006, quando assumiu a Seleção? Nenhuma. Nem sequer havia treinado um clube profissional. Mesmo assim, o Brasil deu crédito para ele, mesmo vestindo aquelas roupas ridículas para tentar alavancar a carreira de desing de modas de sua filha.

Foi incoerente sim!

Dunga zelou por alguns atletas, que mantiveram seu pacto de sangue em defendê-lo até a morte. Mas aí pergunto, se o problema era experiência, porque então não levou Roberto Carlos, jogando o fino no Corinthians e Ronaldinho Gaúcho, comendo a bola no Milan?

Dunga abusou da incoerência por seu jeito turrão, de achar que manda na equipe. Preferiu deixar de fora jogadores notas 8 e 9 para levar um amontoado de notas 4,5 a 6.

O que te salva, Dunga?

Por incrível que pareça, o técnico mais teimoso do mundo poderá ser salvo, por uma defesa compacta e sólida. Há tempos, o Brasil não tinha uma retaguarda tão boa. Sem falar no entrosamento. Júlio César, Lúcio e Maicon, que ganharam tudo pela Inter de Milão neste ano, já jogam juntos há mais de um ano.

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