Jogadores do Avaí comemoram a vitória dentro da Arena (Foto: Paulo Caetano)
Nem o mais fanático avaiano poderia imaginar seu time viria dentro da Arena e obteria uma maiúscula vitória em cima do tricolor. O Avaí, sem sete jogadores ditos titulares, veio com a difícil missão de parar o tricolor na Arena. Tinha torcedor azurra que veio torcendo por um empate para levar a decisão para seus domínios.
Que nada. Com o Joinville sonolento e apático, o Avaí mandou no jogo no primeiro tempo. Mesmo sem seus dois volantes titulares, Batista e Marcinho Guerreiro, o time da capital sobrava no meio campo. Noventa por cento das ditas segundas bolas, eram da meiuca avaiana.
Agora uma coisa é certa Tesser fez mais falta para o Jec, do que Sávio, Vandinho e Leonardo para o Avaí. O lateral Chiquinho conseguiu consagrar o ala avaiano Patric. Alías, era melhor que o tal Chico tivesse ficado em casa, porque foi um dos responsáveis pela apatia tricolor no primeiro tempo.
A zaga tricolor também abusou de marcar errado. Roberto jogou, dançou e criou muito em cima dos zagueiros do tricolor. Se o Avaí estava apertado, bola pra frente e o Roberto resolvia. Por tudo o que jogou ontem, sem dúvidas foi o melhor em campo.
O jogo
Pela primeira vez, o JEC não aplicou aquela blitz no começo do jogo e logo o Avaí foi tomando conta do jogo pela direita. Chiquinho, muito mal no jogo, viu Patric cair pela direita e ganhar todas as inestidas. E foi por ali que saiu o primeiro gol avaiano. Patric ganhou de Chiquinho e cruzou na medida para Davi abriu o marcador.
E o Avaí poderia ter saído do primeiro tempo com um placar ainda maior, não fosse as chances disperdiçadas por Roberto e Davi.
Na base do desespero o tricolor se jogava para o ataque. Émerson até criava as oportunidades, mas os laterais Eduardo e Chiquinho não apoiavam e a solução era jogar a bola para área. E com Gabriel e Émerson lá trás o Avaí ganhava todas de cabeça.
No intervalo Ovelha sacou Chiquinho e colocou César Prates no lugar e pouca coisa mudou. Logo aos 2 minutos, Rudinei subiu e cabeçou de longe. A bola fraquinha, passou entre os braços de Fabiano que aceitou. Uma ducha de água fria nas intenções do tricolor.
Novamente de forma desordenada o tricolor se jogava para o ataque na bola que ia de Samuel ou Lacerda para a área avaiana. Em uma das poucas vezes que colocou a bola no chão, Émerson foi carregando a bola até ser derrubado na entrada da área.
Ricardinho cobrou com perfeição e diminuiu aos 19 minutos do segundo tempo. Empurrado pela torcida, o JEC foi pra cima, mas abausava dos erros de passes e dos chuveirinhos pra dentro da área azurra. Lima e Chris quase não apareceram no jogo.
O Avaí então se fechou e jogou visivelmente no contraataque. E numa destas arrancadas, Uendel foi derrubado por César Prates dentro da área. Muita reclamação, mas o pênalti estava marcado. Roberto cobrou bem e colocou o Avaí numa situação muito confortável para conquistar o título.
Para ser campeão, o tricolor precisará vencer o Avaí por 3 gols de diferença dentro da Ressacada, ou seja missão quase impossível. Claro que no futebol, existem histórias de cair o queixo. Mas sem sombra de dúvidas o Avaí é favorito ao título deste ano.