O Coelho, o Índio e o Leão

O torcedor do Joinville Esporte Clube, viveu neste primeiro trimestre dois momentos distintos. Quem diria que os mesmos onze jogadores que encantaram o estado com a magia do belo futebol, hoje recorrem a tudo para chegar a uma Série D. O que faltou, planejamento, organização? Ao contrário dos outros anos, quando o JEC não tinha uma equipe qualificada, desta vez o JEC tem jogadores para jogar em qualquer divisão. Quantos times no Brasil hoje tem um Lima na frente e um Ricardo Oliveira no meio? Poucos, mas com certeza ninguém aqui no estado. Mas enfim, o que deu errado com este time que não perdia pra ninguém? Uma mistura de falta de comando, baladas, salto alto (devido a procura por clubes de Série A e B) e um possível racha no grupo, quebraram com a espinha dorsal deste “coelho assassino”, que matava seus adversários dentro e fora da Arena. Matou o Tigre e o Figueira fora de casa, mas levou sarrafada do Marinheiro, do Leão e a flechada quase que mortal do Índio. Esta doeu mais e fez o tricolor perder muito sangue a ponto de apenas uma pessoa poder estancá-lo. Sergio Ramirez. Tinha apenas três jogos para fazer o sangramento parar e salvar a Série D. Em dois, fez um curativo quase que perfeito. Mas é neste domingo, que Ramirez terá que fazer a última cirurgia. A temida ponte-de-safena lá no estádio Heriberto Hulse. O uruguaio esta preparado para a cirurgia da sua vida e seus auxiliares Lima, Marcelinho e Ricardo Oliveira estão mais do que afiados. Mas, nesta altura do campeonato, só realizar bem a cirurgia não é o suficiente. Atrás da mesa está um Índio com sua última flecha, que busca a melhor visão para não errar o tiro. A sorte do Coelho é que um Leão, mordido com a eliminação deste mesmo Índio no ano passado, esta atrás dele para atacá-lo. A esperança dos mais de 500 mil joinvilenses é que o Leão mate o Índio com uma mordida certeira e que Sérgio Ramirez, realize com sucesso a cirurgia dentro do Heriberto Hulse.